Ensina-me o que é o apego
Ensina-me o que é a traição
Porque sinto falta de um tanto de emoção.
Se a vida é sofrimento então não faço mal em apenas sonha-la. Observar o mundo a correr em vez de correr com ele.
Porquê buscar prazeres efémeros se tenho esta imaginação intemporal?
Porquê comprometer com dualidades quando os teus olhos já viram a singularidade excepcional do mundo?
Se me entretenho com as superficialidades sinto-me ignorante. Se apostar nas profundezas sinto-me cada vez mais distante e anormal.
As horas passam e o meu envolvimento com a realidade é cada vez menos apetecido. É como se a vida tivesse ganho novas sombras de absurdo e o seu conceito como consciência colectiva está fora de moda, e de sentido.
Quando é que esta doença solipsista se tornou tão confortável?