sábado, 27 de julho de 2013
"No one heard"
- guess it never came to pass
Who helps you when you're searching
- you know that nothing lasts
Still you plead for absolution
- And you're buying all the lies
- He was never there, never there
All your praying - it's all lies
All your kneeling - I spit in your eyes
The fate of betrayers - You got what you deserved
All your praying - No one heard
Ignoring what's around you
-never heeding nature's call
Building temples and double standards
- watching wisdoms fall
Still you think you've been chosen
- hypocrisy standing tall
You think your God is waiting
- one eye laughs in his hall
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Prince of darkness
quinta-feira, 11 de julho de 2013
euforia
- Marya Hornbacher
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Small gestures
- Jonathan Carrol
domingo, 7 de julho de 2013
Pessimismo
- Kay Redfield Jamison
What is it?
It is madness, says reason
It is what it is, says love.
It is unhappiness, says caution
It is nothing but pain, says fear
It has no future, says insight
It is what it is, says love.
It is ridiculous, says pride
It is foolish, says caution
It is impossible, says experience
It is what it is, says love.
- Erich Fried, Es ist was es ist
sábado, 6 de julho de 2013
Convergência
Um dos meus eu quis escrever sobre ele mesmo e a convergência desses vários eu em mim. Difícil de assimilar mas tentarei usar uma linguagem clara; Não é que eu tenha um distúrbio qualquer de múltiplas personalidades, muito pelo contrário acredito que é puramente humano conhecermo-nos no que toca a saber que existe uma (uma? Duas, três?) parte de nós capaz de fazer tal coisa e desejar tal coisa, e ser também capaz de fazer e desejar o oposto - quase como um alter-ego.
Tantas vezes dei por mim (daremos por nós?) a agir como a pessoa que sou e, de um momento para o outro, vejo as minhas atitudes como reflexões do que mais poderia odiar em alguém, ou ajo como nunca pensaria agir. Faço o que nunca seria capaz de fazer. Penso o que nunca me atreveria a pensar.
Também entra aqui o famoso 'Uma parte de mim querer fazer isto mas uma outra parte não.', 'Gostava mesmo de fazer isto mas algo me diz para não o fazer.' ou 'Estava prestes a fazer isto, mas controlei-me.'
O humano em conflito consigo mesmo, a indecisão, prefiro acreditar que tudo isto é consequência de uma acumulação de desejos ou ideias pendentes ou íntimas que nos agradaram, mas que acabámos por rejeitar.
No fundo, acredito que um alter-ego não é nada mais, nada menos do que próprias demonstrações de cansaço, cansaço deste controlo extremo a que expomos a vida. Já é hábito. Este alter-ego, esta outra personalidade é uma imagem idealizada nossa, capaz de realizar os nossos profundos desejos e interesses, coisa de que nos deprivamos na consciência de um "eu normal".
Isto acontece porque toda a tua vida deprivaste-te disto e daquilo, porque colocaste valores morais ou éticos ou desejos de outrem acima da tua própria consciência. Não te vês capaz de arriscar, então procuras a calmia e o controlo na vida. Mas o fruto proibido é sempre o mais apetecido. Então não tardará muito para que esses múltiplos indivíduos, consciências instáveis, se rebelem uma vez mais, cada um para seu lado, mas que no fundo, acabam por convergir numa só pessoa.
Solidão
- Janet Fitch, White Oleander.
Boa pessoa
- George Maguire, Wicked
Reversibilidade
Os soluços, o tédio, o remorso, as vergonhas,
E o difuso terror dessas noites medonhas
Que o peito oprimem como um papel que se amassa?
Ó Anjo de alegria, já viste a desgraça?
Ó Anjo de bondade, já viste o rancor,
As mãos em gesto aflito e as lágrimas de fel,
Quando brande a Vingança o seu apelo cruel
E de nossas virtudes torna-se senhor?
Ó Anjo da bondade, já viste o rancor?
Ó Anjo de saúde, já viste os Delírios,
Que, ao longo das paredes do asilo alvadio,
Como exilados vão em passo tardio,
Movendo os lábios e buscando a luz dos círios?
Ó Anjo de saúde, já viste os Delírios?
Ó Anjo de beleza, as rugas já não viste,
Não viste o medo da velhice e este suplício
De ler esfíngico pavor do sacrifício
No olhar que outrora no saciou a gula triste?
Ó Anjo da beleza, as rugas já não viste?
Ó Anjo de ventura e júbilo e clarões,
Davi da morte se teria levantado
Sob os eflúvios de teu corpo enfeitiçado;
Mas a ti só imploro as tuas orações,
Ó Anjo de ventura e júbilo e clarões!
- Charles Baudelaire, Fleurs du Mal