sábado, 27 de julho de 2013

"No one heard"

You're waiting for salvation
- guess it never came to pass
Who helps you when you're searching
- you know that nothing lasts
Still you plead for absolution
- And you're buying all the lies
- He was never there, never there

All your praying - it's all lies
All your kneeling - I spit in your eyes
The fate of betrayers - You got what you deserved
All your praying - No one heard

Ignoring what's around you
-never heeding nature's call
Building temples and double standards
- watching wisdoms fall
Still you think you've been chosen
- hypocrisy standing tall
You think your God is waiting
- one eye laughs in his hall

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Prince of darkness

My victims are rich or poor, young or old, strong or weak
I cause millions of accidents, I am cancer in your bones
I fathered the lie, twist what you say, speak not the truth
I am insidious, impartial, deep inside your chromosomes

I take what you love, and leave you in tears
I imprison your soul, your hopes are my games
I strip you of pride, my promise is in vain
While you burn at the stake I dance with the flames

I bring poverty, sickness and death
A worthless handshake, the slickest thief, I steal your wealth
I answer your prayers for greed and lust
More than evil, I laugh at your trust

I am more powerful than all the armies of the world
I am more violent than violence, more deadly than death
I have destroyed more men than all the nation's wars
I am relentless, unpredictable, waiting for your last breath
 
Prince of Darkness.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

euforia

Soon madness has worn you down. It’s easier to do what it says than argue. In this way, it takes over your mind. You no longer know where it ends and you begin. You believe anything it says. You do what it tells you, no matter how extreme or absurd. If it says you’re worthless, you agree. You plead for it to stop. You promise to behave. You are on your knees before it, and it laughs.

- Marya Hornbacher

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Small gestures

I firmly believe in small gestures: pay for their coffee, hold the door for strangers, over tip, smile or try to be kind even when you don’t feel like it, pay compliments, chase the kid’s runaway ball down the sidewalk and throw it back to him, try to be larger than you are— particularly when it’s difficult. People do notice, people appreciate. I appreciate it when it’s done to (for) me. Small gestures can be an effort, or actually go against our grain (“I’m not a big one for paying compliments…”), but the irony is that almost every time you make them, you feel better about yourself. For a moment life suddenly feels lighter, a bit more Gene Kelly dancing in the rain.

- Jonathan Carrol

domingo, 7 de julho de 2013

Pessimismo

There is always a part of my mind that is preparing for the worst, and another part of my mind that believes if I prepare enough for it, the worst won’t happen.
- Kay Redfield Jamison

What is it?

What it is?

It is madness, says reason
It is what it is, says love.

It is unhappiness, says caution
It is nothing but pain, says fear
It has no future, says insight
It is what it is, says love.

It is ridiculous, says pride
It is foolish, says caution
It is impossible, says experience
It is what it is, says love.

- Erich Fried, Es ist was es ist

sábado, 6 de julho de 2013

Convergência

Um dos meus eu quis escrever sobre ele mesmo e a convergência desses vários eu em mim. Difícil de assimilar mas tentarei usar uma linguagem clara; Não é que eu tenha um distúrbio qualquer de múltiplas personalidades, muito pelo contrário acredito que é puramente humano conhecermo-nos no que toca a saber que existe uma (uma? Duas, três?) parte de nós capaz de fazer tal coisa e desejar tal coisa, e ser também capaz de fazer e desejar o oposto - quase como um alter-ego.
Tantas vezes dei por mim (daremos por nós?) a agir como a pessoa que sou e, de um momento para o outro, vejo as minhas atitudes como reflexões do que mais poderia odiar em alguém, ou ajo como nunca pensaria agir. Faço o que nunca seria capaz de fazer. Penso o que nunca me atreveria a pensar.

Também entra aqui o famoso 'Uma parte de mim querer fazer isto mas uma outra parte não.', 'Gostava mesmo de fazer isto mas algo me diz para não o fazer.' ou 'Estava prestes a fazer isto, mas controlei-me.'
O humano em conflito consigo mesmo, a indecisão, prefiro acreditar que tudo isto é consequência de uma acumulação de desejos ou ideias pendentes ou íntimas que nos agradaram, mas que acabámos por rejeitar.

No fundo, acredito que um alter-ego não é nada mais, nada menos do que próprias demonstrações de cansaço, cansaço deste controlo extremo a que expomos a vida. Já é hábito. Este alter-ego, esta outra personalidade é uma imagem idealizada nossa, capaz de realizar os nossos profundos desejos e interesses, coisa de que nos deprivamos na consciência de um "eu normal".
Isto acontece porque toda a tua vida deprivaste-te disto e daquilo, porque colocaste valores morais ou éticos ou desejos de outrem acima da tua própria consciência. Não te vês capaz de arriscar, então procuras a calmia e o controlo na vida. Mas o fruto proibido é sempre o mais apetecido. Então não tardará muito para que esses múltiplos indivíduos, consciências instáveis, se rebelem uma vez mais, cada um para seu lado, mas que no fundo, acabam por convergir numa só pessoa.

Solidão

A solidão é uma condição humana. Cultiva-a.  A forma como ela se molda em ti dá espaço para a tua alma crescer. Nunca esperes superar a solidão. Nunca esperes encontrar alguém que te vá entender, alguém que vá preencher esse espaço vazio. Ser inteligente, sensível é a excepção, a grande excepção. Se esperas encontrar pessoas que te vão compreender, irás crescer com uma decepção mortífera. O melhor que alguma vez farás é compreender-te a ti mesmo, saber o que queres, e não deixar ninguém obstruir o teu caminho.

- Janet Fitch, White Oleander.

Boa pessoa

...Pessoas que afirmam serem más normalmente não são piores do que o resto de nós." Ele suspirou. "São as pessoas que afirmam ser boas, ou de qualquer modo melhor que nós, de quem devemos  desconfiar."

- George Maguire, Wicked

Reversibilidade

Ó Anjo de alegria, já viste a desgraça,
Os soluços, o tédio, o remorso, as vergonhas,
E o difuso terror dessas noites medonhas
Que o peito oprimem como um papel que se amassa?
Ó Anjo de alegria, já viste a desgraça?

Ó Anjo de bondade, já viste o rancor,
As mãos em gesto aflito e as lágrimas de fel,
Quando brande a Vingança o seu apelo cruel
E de nossas virtudes torna-se senhor?
Ó Anjo da bondade, já viste o rancor?

Ó Anjo de saúde, já viste os Delírios,
Que, ao longo das paredes do asilo alvadio,
Como exilados vão em passo tardio,
Movendo os lábios e buscando a luz dos círios?
Ó Anjo de saúde, já viste os Delírios?

Ó Anjo de beleza, as rugas já não viste,
Não viste o medo da velhice e este suplício
De ler esfíngico pavor do sacrifício
No olhar que outrora no saciou a gula triste?
Ó Anjo da beleza, as rugas já não viste?

Ó Anjo de ventura e júbilo e clarões,
Davi da morte se teria levantado
Sob os eflúvios de teu corpo enfeitiçado;
Mas a ti só imploro as tuas orações,
Ó Anjo de ventura e júbilo e clarões!

- Charles Baudelaire, Fleurs du Mal